O corpo
humano é a carruagem.
Eu, o
homem que a conduz.
O
pensamento, as rédeas.
Os
sentimentos, os cavalos.
Platão
Deepak Chopra diz que nós
somos as únicas criaturas do planeta que podem modificar a própria biologia
através dos pensamentos, sentimentos e intenções. As nossas células estão
constantemente espionando os nossos pensamentos e sendo modificadas por eles. Por
exemplo, quando nos apaixonamos, pensamentos positivos percorrem o nosso corpo
e fortalecem nosso sistema imunológico. Por outro lado, pensamentos sombrios e
sentimentos depressivos podem nos deixar vulneráveis a doenças. Ao longo das
últimas três décadas, centenas de estudos mostraram que nada possui mais poder
no corpo do que as crenças da mente. Esta é a visão de mundo quântica, que nos
ensina que todos somos parte de um campo infinito de inteligência – a fonte dos
nossos pensamentos, mente, corpo e tudo o mais no universo.
No seu livro A dor física,
J. D. Nasio cita o antropólogo David Le Breton que fala que a dor não é apenas
um fato fisiológico, mas, acima de tudo, um fato de existência. Não é o corpo
que sofre, é o indivíduo por inteiro. A dor não é apenas a medida de uma lesão
ou de uma afecção, mas o encontro íntimo entre uma situação potencialmente
penosa e um homem imerso numa condição social e cultural, tendo sua história
própria, uma psicologia que só pertence a ele.
De fato, como disse Gérard
Ostermann, empenhamos na dor toda a nossa personalidade, todo o nosso ser. E a
dor permanece um mistério atormentador, que despedaça o corpo, que abala nossas
referências identitárias e afetivas, e o sujeito, ao senti-la, não é
simplesmente o receptáculo passivo de um órgão especializado que se limitaria a
tipos de modulações neurobiológicas impessoais de que apenas a fisiologia seria
capaz de dar conta.
Pode acontecer de
sofrermos dores crônicas, às vezes inexplicáveis e que dura mais tempo do que
deveria e, neste caso, o ideal é analisarmos o que está acontecendo ou que
aconteceu para além do físico. O acompanhamento terapêutico é importante para
nos ajudar a buscar na nossa história, nas nossas crenças, comportamentos e
pensamentos a origem desta dor.
Outro ponto para
considerarmos em relação a dor, segundo Nasio, é que quando sofremos uma lesão
no corpo e essa lesão provoca uma dor, produz-se uma representação mental da
região dolorida, da região lesada. Essa representação mental seria fortemente
investida afetivamente por todo o nosso ser. Todas as nossas energias seriam
focadas nessa representação mental da região dolorida. E o que acontece é que
esse investimento, superinvestimento afetivo dessa representação, viria
aumentar a intensidade da dor, ou seja, quanto mais investimos na
representação, mais sofremos.
No seu livro Linguagem do
Corpo, Cristina Cairo diz que enquanto buscarmos a cura para o nosso
sofrimento, para a nossa dor, para as nossas doenças apenas no corpo físico
continuaremos soterrados sob uma avalanche de perguntas sem respostas.
Precisamos entender que nosso corpo é a tela onde se projetam as nossas emoções.
Podemos enganar qualquer um, até nós mesmos – nosso ego, mas nunca
conseguiremos enganar nosso inconsciente. Seja lá o que estivermos pensando
neste momento, seja bom ou ruim, nosso inconsciente registrou. Nosso cérebro
tem uma capacidade de absorver, de captar o que acontece ao nosso redor que nem
nossa vã filosofia imagina.
Tudo o que acontece
conosco, nossos sentimentos, nossas emoções, nossas dores e as nossas doenças
são projeções da nossa mente e são criadas e alimentadas por nós, pelo nosso
pensamento. Salvo algumas doenças específicas, genéticas.
Como disse Cristina Cairo
todas às emoções negativas são projetadas em forma de doenças, de dores no
nosso corpo, são as doenças psicossomáticas. Ela cita no seu livro Linguagem do
Corpo alguns casos de pessoas que conseguiram curar-se pela mudança no
pensamento, por meio de uma análise da sua conduta, ou mantendo uma atitude
positiva em relação à doença e a vida, trabalhando o autoconhecimento e
exercitando a autoestima. São eles: Louise L. Hay, autora do livro Você pode curar sua vida; Dr. Joseph
Murph, autor do livro O poder do
subconsciente; e a atriz Cláudia Gimenez.
Todos nos podemos curar
nossa vida, nosso corpo e nossa alma. A cada novo dia, temos a oportunidade de
fazermos diferente, de levarmos uma vida melhor para nós mesmos e,
consequentemente para os que convivem conosco. Nosso futuro próspero e saudável
depende do nosso hoje bem humorado, positivamente pensado e alimentado. São
pequenas atitudes que sentiremos no nosso corpo e que serão reflexo da nossa
alma bem nutrida.