segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O seu trabalho faz sentido para sua vida?




Algumas frases do livro: O 8º Hábito de Stephen R. Covey. Elas fazem sentido para você?

“Estou aprisionado na rotina.”
“Não tenho vida própria. Estou esgotado, exausto.”
“Ninguém me dá valor. Meu chefe nem tem ideia da minha capacidade.”
“Estou frustrado e desanimado. Não estou conseguindo ganhar o suficiente para pagar as contas.”
“Talvez eu não seja bom o suficiente. Não faço diferença.”
“Sinto um vazio por dentro. Minha vida não tem sentido, está faltando alguma coisa e eu não sei o que é.”
“Estou estressado. tudo é urgente.”
“Estou cheio de politicagem e bajulação.”
“Estou entediado. Não vejo a hora de ir embora.”

           Afinal, o trabalho dignifica ou danifica o homem?
Você já reparou que a relação que temos com uma empresa, seja ela escolhida por nós para trabalhar ou sejamos nós escolhidos por ela, sofre a mesma dinâmica de uma relação amorosa?
          Quando dizemos, em grandes linhas, que toda relação amorosa acaba indo para o mesmo lugar – lugar comum; é o mesmo que falamos em relação a uma empresa. Seja ela desejada por nós, seja ela a melhor empresa para se trabalhar ou mesmo uma pequena empresa; passamos por momentos muito semelhantes e o que difere é quando e como.
          Uma empresa torna-se insustentável para nós quando estamos distantes do que acreditamos, dos nossos valores e objetivos. Torna-se insuportável quando começamos a seguir no piloto automático e o prazer que tínhamos nos primeiros meses ou anos, não é mais o mesmo. E percebemos isso em detalhes como: domingo a noite bate o desespero de mais uma semana onde o que mais queremos é que chegue logo a sexta-feira. Ou então, quando o diretor da empresa começa com aquelas velhas promessas que você sabe que não passam de discurso. Ou quando somos escalados para visitar a filial do Nordeste para resolver problemas que não farão diferença na sua vida profissional. Resumindo: a relação profissional torna-se um peso quando não faz mais sentido, quando estamos sendo aquilo que não somos e carregar essa farsa torna-se um fardo com direito a noites mal dormidas, dores de cabeça, gastrite e todas as “ites” que nosso emocional não suporta e manda para o nosso corpo físico.
          Como disse Stephen R. Covey, no seu livro O 8º Hábito,  a melhor e muitas vezes única maneira de sair do sofrimento para uma solução duradoura é entender primeiramente o problema fundamental que causa a dor. Apesar de todos os avanços, da inovação dos produtos, da tecnologia em alta, da globalização, não progredimos nas organizações para as quais trabalhamos. Sentimos-nos, muitas vezes frustrados e insatisfeitos. A sensação é que não podemos mudar muita coisa, no sentimos impotentes e sem perspectiva. Isso porque, na maioria das vezes, não temos clareza sobre o rumo da organização ou sobre suas prioridades mais altas, ou mesmo não temos certo o sentido do trabalho que executamos.
         O fato é que relação perfeita, seja ela com uma empresa ou amorosa, é definida por nós dessa forma quando mesmo diante dos problemas conseguimos nos colocar de uma forma que não nos agrida; isso por que conseguimos chegar num ponto em que estamos bem resolvidos conosco, quando sabemos o que queremos, onde queremos chegar e como chegaremos. Se estivermos numa relação profissional desgastada teremos que colocar na balança e se pesar os aspectos negativos reais, precisamos ter serenidade e responsabilidade para tomar a decisão de uma forma madura e honesta conosco e com os outros. Para manter uma relação profissional é necessário que nós tenhamos a sensação de engajamento e, como disse Covey, num trabalho que use nosso talento e alimente nossa paixão – que surge de uma grande necessidade do mundo que nossa consciência nos chama a atender, ou seja, o trabalho tem que fazer sentido para o nosso projeto de ser no mundo. O seu trabalho faz sentido para sua vida?

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Término: o ponto final no fim



Eu falo de amor a vida;
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso;
Você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto;
Você numa estrada em linha reta.
Eu experimento o futuro;
E você só lamenta não ser o que era.
Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada.
A seta e o Alvo - Paulinho Moska


        Por que é tão difícil deixarmos aquela pessoa que não faz mais parte da nossa vida ir embora?

        O fato que negamos é que a pessoa não faz mais parte. E o que acontece é que insistimos em mantê-la presente no nosso dia-a-dia. E mantemos, muitas vezes, por egoísmo, por medo do que iremos sentir, por medo de não conseguirmos sobreviver sem a rotina que faz parte, que preenche o nosso vazio. O que tememos perder não é a pessoa em si, mas tudo que ela representa; tudo que ela proporciona para o nosso ego.
      O ponto central que nos impede de romper, de cortar o cordão emocional é o Medo. Afinal, se eu cortar esse cordão o que vai restar? Para onde eu vou? O que eu serei? O que eu farei?
            Por mais que, nos momentos de lucidez, de coragem de “virar a mesa”, de assumirmos o controle dos nossos desejos e vontades, racionalmente, temos consciência que acabou, que não tem como continuar, ainda assim não conseguimos colocar um ponto final. Afinal, precisamos continuar o que, sendo que não existe mais troca de carinhos, de olhares, de palavras, de entendimento. Que qualquer copo sujo é motivo de brigas, qualquer calcinha pendurada no banheiro é início da 3ª Guerra Mundial. Sem contar que o sexo é algo que quando acontece é tão automático que o desejo se resume em terminar logo.
             No entanto, optamos por alimentar a ilusão de que um dia algo possa acontecer e que voltaremos ao que fomos um dia. Nos apegamos a esperança de que “amanhã vai ser diferente”. Nada vai mudar, se nós não propusermos e praticarmos a mudança.
            Somos dominados pelo medo e ficamos inertes, cegos, apáticos. No fundo temos medo de nos arrepender, medo de sermos felizes sem esta pessoa, de assumirmos para nós mesmos que o sonho acabou, que nossas juras de amor não são eternas.
            Nos sabotamos a todo momento, criamos armadilhas, caminhamos para um lado, quando lá no fundo gostaríamos de estar indo para o outro lado. O medo nos faz refém, nos rouba a vida. Ele é articulado, eloquente, persuasivo. Ele faz surgir os mais convincentes e lógicos argumentos para não desapegarmos de algo ou alguém. Ele ressuscita crenças que, teoricamente, já havíamos superado, mas que assumem o comando novamente e transformam a maneira de vermos a realidade, ou seja, do jeito que é mais cômodo, que nos coloca “distantes” da dor da perda.
            E por mais que as pessoas nos digam que acabou, que está nítido o distanciamento, que tentem nos mostrar que estamos investindo nossa energia e tempo em algo que não existe mais, não adianta. Qualquer mudança só ocorrerá quando percebermos, genuinamente, que precisamos pensar diferente, aceitar a situação e assumir nossas escolhas rumo à felicidade dos dois.
Precisamos nos imaginar fora dessa condição de escravos do que um dia desejamos. Aceitar que é apenas um momento triste, de frustração, mas que existe vida após o término de um relacionamento. Existe a nossa vida.
Se continuarmos a alimentar nossos pensamentos com lamentações, insegurança, dúvidas, de que sem o outro não seremos mais nada; ou que se nós deixarmos a relação o outro vai morrer, continuaremos a sentir e a viver como um nada, como um corpo sem vida; morto. Assim, como esta ruim para nós é muito provável que esteja para a outra pessoa também. Que ela não esteja feliz, satisfeita e que não tenha mais o mesmo brilho no olhar de quando se era inteiro.
Segundo, Judith Viorst, enquanto a pessoa amada simbolizar certos ideais valiosos para nós, continuaremos a vê-la como uma pessoa ideal; como sonhamos e desejamos um dia. Porém, incoerente para o que somos e queremos hoje.
É necessário para nos sentirmos felizes e satisfeitos com as nossas escolhas, que aceitemos que essas expectativas que tínhamos com essa pessoa foi um ideal que não faz mais parte da nossa vida. Que precisamos virar a página para que os dois se sintam livres para seguir seus caminhos. Que devemos ser gratos por tudo que vivemos e ao nos libertarmos da cegueira do amor ideal teremos que enfrentar a realidade de que outras pessoas podem ocupar esse lugar, que outros relacionamentos podem nos proporcionar momentos de grande aprendizado e autoconhecimento. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O que temos para hoje pode ser o melhor presente.



       Num mundo onde corremos contra o tempo, onde viver no futuro estando no presente é habitual; ter paciência virou “um olho na terra de cegos”.

          É contraditório pensar que somos “donos do agora”, mas não vivemos nele, não desfrutamos do hoje, pré-ocupados em como viveremos o amanhã. Não nos damos conta, por mais que os livros, os filmes, as poesias, as músicas nos falem; por alguma razão não viver o hoje é a “epidemia” que vagueia no nosso inconsciente coletivo . Tanto faz o lugar que estejamos, ouviremos as mesmas pré-ocupações com o que ainda não aconteceu e que, de repente, nem acontecerá.
          Por conta disso, desenvolvemos sintomas, síndromes, o estresse e uma série de doenças psicossomáticas e tudo isso tendo como base a ansiedade. Por medo de não dar conta de dar conta de viver nos lançamos para um lugar onde nos distanciamos de nós mesmos. Queremos ter tempo para aproveitar a vida, para fazermos nossas coisas e não percebemos que todos os dias “temos todo o tempo do mundo”, como disse Renato Russo. Todos os dias ganhamos esse tempo de Presente.
            Precisamos aceitar e entender que nem sempre conseguiremos fazer tudo num único dia, e que isso é normal. Não precisamos nos massacrar com cobranças e críticas, afinal não temos super poderes para estarmos em vários lugares ao mesmo tempo e, muitas vezes, as coisas para acontecerem não dependem somente de nós.
            O que temos como administrar e desfrutar é o hoje. Temos nas mãos o maior e o melhor dos presentes que a vida poderia nos dar – O Presente.
          Se não conseguimos estar conectados conosco no hoje e vivemos ansiosos, podemos buscar o equilíbrio e bem-estar numa meditação, no Pilates, Yoga, numa ajuda terapêutica, no Life Coaching, na natureza, numa caminhada e nas diversas terapias alternativas que o hoje nos dá de presente.
            Aproveite a vida vivendo o Presente! Afinal, o amanhã pode não chegar. Como disse Mahatma Gandhi: Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã.