segunda-feira, 28 de maio de 2012

O autoconhecimento baseado em fatos reais




"Sou parte de tudo o que conheci" Ulisses de Tennynson

            Augusto Cury no seu livro Mulheres inteligentes, relações saudáveis, diz que você pode conviver com milhões de máquinas, com animais e não sofrer nenhuma frustração, mas se conviver com um único ser humano, por mais que o ame, haverá decepções imprevisíveis e frustrações inesperadas.
            Mesmo se nos isolarmos das pessoas e nos trancarmos no nosso mundo, os problemas externos irão ser substituídos por problemas que a nossa mente, incrivelmente elaborada, construirá.
            Problemas todos têm, o que diferencia são a forma, o peso e o valor que nos damos para eles. Embora, sejamos constituídos da mesma forma, corpo, mente e alma, nos desenvolvemos de formas diferentes. O que nos diferencia são as nossas escolhas. Podemos colocar um problema agora e cada um de nós resolverá de forma diferente. As escolhas podem determinar por que seu vizinho teve sucesso na vida e você não, ou por que você conseguiu superar aquele desafio e o seu colega não.
            Por mais que, num contexto geral, todos nós passamos pelas mesmas questões e temos problemas muito semelhantes, como por exemplo, de relacionamento afetivo – “como eu faço para que ele me entenda”, “por que estou sozinho?”, ou “por que não me sinto feliz?”, entre outras inúmeras questões, o que nos torna complexos são os conteúdos que trazemos lá de trás, da nossa relação familiar, dos nossos registros da infância, das pessoas que fizeram parte do nosso desenvolvimento e que são nossas referências.
            O que registramos e o que isso tem a ver com que eu quero ser? Vou agir da mesma forma que meu pai porque ele teve sucesso? Continuarei entregue a depressão porque foi assim que eu vi minha mãe conseguir as coisas?
            O processo natural é que nos identifiquemos, num primeiro momento, com o que vimos, mas com o passar do tempo essa identificação vai se tornando parcial e seletiva, pois precisamos nos construir. Para que isso aconteça, serão necessárias algumas perdas, será necessário deixar para trás algumas crenças. Assim sendo, não nos tornamos clones, mas sim quem queremos ser, de fato.
            Somos parte de tudo que conhecemos, daqueles que nos criaram, mas como disse Judith Viorst, essas partes foram transformadas. Cada um de nós é o artista do próprio Eu, criando uma colagem – uma obra de arte nova e original – com fragmentos e recortes de identificações. Ela diz ainda que, sem dúvida, nós todos, durante o nosso desenvolvimento normal, tivemos experiências de um falso Eu, de separação em duas partes, de narcisismo. Nós todos tivemos experiências de desligamento do nosso Eu. Nós todos tivemos experiências do tipo: “Por que eu disse aquilo?”, de abrigar “eus” distintamente contrários, de tentar esconder nossos “eus” inaceitáveis, de agir como pessoas diferentes com pessoas diferentes.
            Um crescimento e relações saudáveis implicam a capacidade de renunciar à nossa necessidade de aprovação, quando o preço dessa aprovação é o nosso próprio e verdadeiro Eu.
            A busca por essa duas letrinhas – EU – nem sempre é agradável, tranqüila e simples. Busca ou fuga do Eu pode nos trazer decepções, frustrações, incertezas, assim como podemos provocar esses sentimentos nos outros. Mesmo porque, dentro dessas duas letras estão contidos nossos desejos e limites, nosso corpo e mente, nossos sonhos e objetivos, nossos sentimentos e capacidades. Para sermos quem queremos ser é imprescindível a relação com o outro. E esse outro, assim como nos, virá com toda essa complexidade, com todos os conteúdos, com todos os registros. Sabemos que é um desafio e tanto lidar com as pessoas, mas a partir do momento que sabemos quem somos, que praticamos o exercício do autoconhecimento, fica mais fácil conhecer e nos relacionar com o outro, e assim construir relações transparentes e baseada em fatos reais. 







quinta-feira, 24 de maio de 2012

Para sofrer basta estar vivo.



"O sofrimento é sempre um encontro consigo mesmo: sofrer amadurece" Clarice Lispector

Diante da correria do dia-a-dia, da luta constante pela sobrevivência neste mundo selvagem, acabamos, na maioria das vezes, por não prestarmos atenção nos sinais que nosso corpo, nossa alma nos envia. Conquistamos posições de destaque, bens materiais, visibilidade na mídia e, nem sempre, paramos para nos olharmos, fugimos de nós mesmos por acharmos que estamos perdendo tempo com indagações, conflitos, questionamentos que só nos colocarão distantes dos nossos objetivos - profissional e social.
O momento que vamos parar e olhar para nós mesmos nem sempre é um momento agradável, muitas vezes é por meio de uma doença que nos acomete ou que acomete os seres que amamos. E quando isso acontece fugir não é o remédio. Fugir é uma solução paliativa para algo que vem da nossa alma e refletiu na nossa vida. Precisamos reconhecer que somos humanos, feitos de carne e osso, que não somos perfeitos, que não precisamos dar conta de tudo e nem entender de tudo, que podemos errar e fraquejar, que podemos tratar melhor as pessoas, pois nem todos farão o mal que um dia nos fizeram. Precisamos reconhecer nosso sofrimento e buscar ajuda sim. Não estamos sozinhos nesse mundo.
Quando reconhecemos nosso sofrimento, seja ele físico ou emocional devemos tratá-lo com bondade, sem violência, sem culpa, sem autopunição, sem autoflagelo. Neste momento é importante abraçar o nosso medo, acalmar a nossa raiva, acariciar o nosso ódio, e aceitar que precisamos nos olhar no espelho com carinho e colocar no colo essa pessoa, esse corpo, essa alma que está em lágrimas.
Para sofrer basta estar vivo, porém a dor é um caminho para o crescimento. E disso ninguém escapa. Ela nos pertence e somos nós que a criamos. Nem sempre nossas escolhas nos levam para o caminho do amor. No entanto, aceitar a dor é um meio para nos encontrarmos, para pararmos de fugir de nós mesmos, para entendermos que algo não está bem. Ela é um meio para refletirmos sobre nós, sobre a nossa vida, sobre a maneira que estamos conduzindo nossos desejos, sonhos e expectativas. A dor é uma oportunidade, uma chance para prestarmos atenção em nós mesmos.
No seu livro Linguagem do Corpo 2, Cristina Cairo diz que a física quântica comprova que o pensamento interfere diretamente na trajetória de nosso destino, pois pensamentos são vibrações que se deslocam instantaneamente, sem depender de tempo ou de espaço. Ou seja, assume formas, realiza sonhos, transforma ambientes, fabrica doenças e gera no corpo o que desejamos ou não, consciente ou inconscientemente. E ainda diz que: compreender que a doença é o reflexo de seu comportamento, palavras, pensamentos e sentimentos, já será um grande passo para a sua evolução. Quanto mais formos flexíveis em nossas opiniões e pensamentos, mantendo o equilíbrio entre o que sabemos e o que os outros sabem; mais saúde e tranquilidade teremos para seguir nosso caminho.
Se conhecer e conhecer o outro é fundamental para a nossa saúde emocional e física. Conhecer nossos mecanismos de defesa psicológicos e das outras pessoas, tentar entender o porquê de alguns desentendimentos, de alguns “surtos” que geram mágoas, ressentimentos, raiva e demais componentes que só vão nos levar a um lugar – a doença – é crucial para os relacionamentos saudáveis. É comum usarmos de um mecanismo de defesa – o da resistência. Resistência em reconhecer nossas fragilidades, nossos defeitos, assumir nossos erros, afinal é muito mais fácil achar que o outro é errado, ou culpado pelos nossos sofrimentos. Sigmund Freud dizia que quando você se irrita profundamente com alguém ao ponto de comentar e apontar os defeitos dessa pessoa, esta dando um forte indício de que você se projeta e se identifica com ela.  
Podemos a qualquer momento parar e começar a refletir como estamos trilhando nosso caminho, como estamos construindo a nossa história, o que estamos sendo para nós mesmos e para o mundo. A doença é um sinal de alerta da nossa alma. É uma forma de comunicação de nossos desejos frustrados, vontades não expressas e/ou emoções reprimidas. Não tem como separarmos alma, matéria e emoção.  A busca pelo equilíbrio desses três componentes do nosso ser é um exercício e uma prática constante que exige paciência e persistência e que faz parte do nosso processo evolutivo. Não desista de você!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Vivência: No caminho do Autoconhecimento (Inscrições Abertas)

No caminho do Autoconhecimento

“Só em nós mesmos podemos mudar alguma coisa, nos outros é uma tarefa quase impossível”. Carl Gustav Jung

O Personal Soul Care em parceria com o Instituto Aica oferece o primeiro passo para o caminho do autoconhecimento – A Busca.

A vivência No Caminho do Autoconhecimento é dividida em 3 módulos de 20 horas – a busca, a prática e a conquista.

Primeiro Módulo – A Busca
Algumas questões nos rodeiam feito fantasmas vagando na nossa mente:

Quais são meus sonhos? Para onde eu quero ir? Quais são meus medos? O que eu quero? Qual o sentido da minha vida? Qual é a minha missão? Para que estou aqui? Que caminhos pretendo seguir? O que eu fiz até agora faz sentido? O que tenho feito por mim? Como posso contribuir para o mundo? O que eu vou deixar? Como os outros me veem? Qual a minha relação com os outros? O que me faz feliz? Afinal, quem eu sou? O que eu busco?

Nosso objetivo é proporcionar um ambiente onde você esqueça o mundo lá fora e se conecte, unicamente, a você e ao momento presente.

Seja e faça tudo para ser Feliz!!!

Data: 18 e 19 de agosto
Local: Instituto Aica  - Rua Giussepe Franco, 213, Jardim Samambaia, Jundiaí-SP
Informações: ana.matos@personalsoulcare.com.br



Mediadores

José Jaime
Fundador e Vice Presidente do Núcleo Espírita Nosso Lar e Centro de Apoio ao Paciente com Câncer, Consultor de Recursos Humanos e Palestrante.
Experiência em treinamento para profissionais de empresas como: Banco do Estado de Santa Catarina S.A., Restaurante e Churrascaria Meu Cantinho, Kerberos Soluções em Informática Ltda, Galeteria Meu Cantinho, Núcleo Espírita Nosso Lar e Centro de Apoio ao Paciente com Câncer, entre outros.
Palestras sobre Motivação e Mudanças para os profissionais do BESC e Restaurante e Churrascaria Meu Cantinho.
Coordenação de Projetos de Outplacement (Recolocação de profissionais), junto a BPI – Business & People Integration para as empresas Brasil Telecom e BESC.
Abertura e Encerramento de Treinamentos nos Projetos de Recolocação aos empregados do BESC, que aderiram ao Programa de Demissão Incentivada na Capital Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, junto aos Consultores da Fundação Getúlio Vargas.
Atuou no departamento de Recursos Humanos do Banco do Estado de Santa Catarina durante oito anos. 


 Ana Paula Matos 
Terapeuta Psicanalista Integrativa e Filósofa.
Experiência de 10 anos em gestão de carreira, recolocação de profissionais e treinamento e desenvolvimento. 
Atuou na BPI do Brasil e participou do Instituto Amigos do Emprego. Participação em projetos de reestruturação de empresas, como: Whirlpool, Bombrill, Brasil Telecom, Suzano Petroquímica, Editora Abril, entre outras. 
Estuda há mais de 15 anos o comportamento humano, os relacionamentos e seus conflitos. 
Atua no Instituto Aica - centro de excelência em saúde física e emocional - com apoio psicológico para a busca do bem-estar e qualidade de vida para crianças, adultos e terceira idade.
Criou o Personal Soul Care que tem como objetivo ajudar as pessoas a buscarem o autoconhecimento e a realizarem transformações em suas vidas, no campo afetivo, profissional e pessoal.  Desenvolve cursos com foco no autoconhecimento, relacionamento e inteligência emocional.
Pós-Graduanda em Condicionamento físico e saúde no envelhecimento; Formação em Biotoque Terapêutico (em curso); Licenciatura em Filosofia; Psicanálise Integrativa; Psicologia e Formação técnica em Administração de Empresas.
Blog: personalsoulcare.blogspot.com e Site: www.personalsoulcare.com.br

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A constante busca pelo equilíbrio profissional




“Cada vez mais pacientes lotam as nossas clínicas e consultórios queixando-se de um vazio interior, da sensação de uma total falta de sentido de suas vidas. Podemos definir esse vácuo existencial como a frustração do que podemos considerar a motivação fundamental no homem, e o que podemos chamar de... a vontade de sentido”. Victor Frankl


O mundo mudou e disso todos nós sabemos. Ao mesmo tempo, que ganhamos com novas tecnologias, avanços científicos, “liberdade de expressão” perdemos a maior parte da nossa vida para pagar o preço da evolução. Pagamos esse preço quando não temos tempo para desfrutar das nossas conquistas materiais, ou quando não conseguimos participar do crescimento dos nossos filhos, ou quando nossa saúde está comprometida, ou quando percebemos que ligamos o “piloto automático” e nada do que estamos sendo e fazendo faz sentido e que a única coisa que nos acompanha é o vazio.
Dados da Isma-Brasil (International Stress Management Association), revelaram que 80% dos brasileiros economicamente ativos sofrem com a sobrecarga profissional e com os excessos que os cercam. É preciso cumprir prazos restritos e demandas cada vez mais complexas, acompanhar mudanças tecnológicas, enfrentar avaliações de desempenho e rendimento, e ainda manter um relacionamento razoável com clientes, chefes, colegas, família e amigos. Isso sem falar da preocupação em se manter empregado. Segundo a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association - Isma-Brasil, no Brasil estima-se que as organizações poderiam ter uma economia de até 34% se diminuíssem os índices de stress ocupacional e doenças decorrentes dele.
O mundo empresarial convive com a realidade do aumento espantoso dos casos de doenças ocupacionais. As estatísticas estão aí para comprovar que estamos sofrendo uma das piores crises do mundo – a crise existencial. Arrisco em dizer até que nossas crises econômicas são consequências da nossa crise existencial. Buscamos um sentido para nossa vida no consumismo, nas relações efêmeras, no excesso de trabalho, etc. Sofremos pelo excesso na agonia de preencher nossa falta.
Segundo Hilsa Flávia A Coutinho no seu artigo Saúde e Profissão: uma nova forma de vida, a presença de profissionais da área da saúde, como psicoterapeutas, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores físicos, terapeutas holísticos, nas empresas facilitaria as ações preventivas e curativas das mesmas, sendo aplicadas medidas cabíveis de prevenção e cura.
O trabalhador opera em média 70% de seu potencial. Se uma empresa investe no desenvolvimento da promoção da saúde, atendendo as necessidades e interesses de seus trabalhadores, o potencial para aumento na produtividade é significativo (Mendes e Dias, 1991).
Sabemos que as empresas vivem tempos cada vez mais competitivos e velozes. Porém, algumas medidas preventivas, como parcerias ou contratações de profissionais da área da saúde, podem ajudar as empresas no que diz respeito à redução do número de licenças de funcionários por doenças, dos gastos com o tratamento da saúde do trabalhador, das reclamações na Justiça devido a acidentes do trabalho, sem contar que o bem-estar e qualidade de vida proporcionado pela empresa refletirão na produtividade e, consequentemente, nos resultados e objetivos a serem cumpridos.
Passamos a maior parte de nossa vida para o trabalho, numa empresa, trabalhamos mesmo não estando dentro do escritório, compramos roupa para trabalhar, cuidamos da nossa estética para o trabalho, e assim por diante. Consequência disso é a falta de tempo livre para cuidar de si, para estar com a família, para estar com os amigos, para desfrutar a vida. A busca do equilíbrio entre vida profissional e pessoal continua sendo um dos maiores desafios do ser humano.
Por isso o ideal, embora não seja realidade para todos, é se pudéssemos seguir aquele provérbio italiano que diz: “Quem faz o que gosta, nunca vai trabalhar na vida!”. Uma relação satisfatória com a atividade de trabalho é fundamental para o desenvolvimento nas diferentes áreas da vida e esta relação depende, em grande escala, dos suportes que os indivíduos recebem durante seu percurso profissional.