Eu sou
um pouco de ti, um pouco de mim e muito de nós.
Ana Matos
Você sabe quem você é?
Muitas vezes não sabemos quem somos, às vezes achamos que sabemos, outras vezes
nos confundimos nas muitas possibilidades que podemos ser que nos perdemos e
não mais conseguimos dizer quem somos. Por fim, a maioria das pessoas vão
pensar sobre essa pergunta numa entrevista de emprego, ou quando vão participar
de um curso comportamental ou quando buscam uma terapia. Afinal, quem somos
nós?
Para sabermos quem somos
precisamos entender e aceitar que nós somos os outros. Se pararmos para pensar
sobre essa simples pergunta e olharmos para as nossas características veremos
que temos um pouco da nossa mãe, mais um pouco do nosso pai, dos nossos avós,
tios, irmãos, ídolos e de todas as pessoas que fizeram ou fazem parte da nossa
construção. Por exemplo: de onde vem nossas crenças, o jeito de falar, de
sorrir, de se vestir, as manias, a maneira de tomar uma decisão, a forma de ver
o mundo, o uso de algumas expressões tanto verbais como gestuais?
Todas as pessoas próximas podem
ser nossa referência. De alguma forma elas fazem parte do que somos ou estamos
sendo. Quando uma personagem aparece na TV usando um determinado corte de cabelo,
um esmalte, uma roupa, etc...se nos identificarmos com aquilo assumiremos, de
uma certa forma, como uma parte nossa e vamos mais uma vez nos construindo.
“Você não é você”, porque
nós também somos o que os outros pensam de nós. Os outros nos constroem, nos qualificam
ou desqualificam conforme a imagem que passamos, desde a forma de nos vestirmos
até como nos comportamos. Elas podem dizer que somos de bem com a vida ou mal-humorados,
arrogantes ou simpáticos, organizado ou desorganizados, e eu não achar nada
disso. Precisamos ouvir os outros, sem nossas defesas, para sabermos se a
mensagem que estamos passando é pertinente com aquilo que gostaríamos de
passar. Se a minha percepção sobre mim bate com a percepção do outro. As pessoas
podem emitir ou não suas opiniões sobre nós, mas, se perguntarmos elas têm algo
a dizer sobre o que somos ou sobre a mensagem que passamos.
“Você não é você”, somos, também, o que mostramos para
esconder quem somos e que, muitas vezes, nem sabemos que somos, não temos
consciência do nosso ser. Talvez, estejamos sendo o que não imaginamos, ou aquilo
que não gostaríamos de ser, mas é essa mensagem que o outro enxerga e recebe. Logo,
de alguma forma estamos sendo, pelo menos para os olhos do outro.
Somos
o que somos, também, para agradar ou não desagradar, ou até mesmo para não
decepcionar ou não frustrar o outro.
Não
saberemos dizer quem somos até entendermos um pouco disso que foi dito acima e
de como funcionamos, como a nossa mente funciona; nos conhecer e conhecer o
outro, nos conhecer por meio do outro e, principalmente, por meio da auto-observação
e autoanálise.
Apesar
de sermos iguais enquanto estrutura, cada um de nós vai desenvolvendo suas diferenças,
suas peculiaridades, especialidades e assim, nos tornamos únicos. Agora responda:
quem é você?