quarta-feira, 28 de março de 2012

Você é sua maior escolha




“Há muitas coisas que um guerreiro pode fazer, em determinado momento, que não poderia ter feito anos antes. Essas coisas não mudaram; o que mudou foi a ideia do guerreiro sobre si mesmo.” (Carlos Castañeda, em “Porta para o Infinito“)


Nada é por acaso, principalmente porque somos nós que escolhemos o caminho que queremos seguir. E se nós escolhemos nossos caminhos, por que, muitas vezes, não nos sentimos felizes, satisfeitos, radiantes? Talvez, porque nos boicotamos. Inconscientemente, fazemos escolhas que nos distanciam de quem somos, de quem queremos ser. Além disso, nos deixamos levar pelo “calor do momento”, pelas nossas emoções e acabamos indo por um caminho que não necessariamente, seria o escolhido por nós racionalmente. Isso não quer dizer que não possamos nos deixar levar pela emoção. No entanto, devemos perceber quando essa emoção vem do coração e quando ela vem carregada de ressentimentos, raiva, orgulho, etc.
Tem um trecho do livro “A Erva-do-Diabo” em que Don Juan explica a Castañeda da importância de encontrar um caminho de vida que seja o verdadeiro para você. Somente para você. Independente de quantas vezes seja preciso experimentá-lo ou mudar de ideia. Esqueça o que os outros acham que você deveria fazer ou ser. É para você que sua vida deve ter significado. Nas palavras do sábio índio:

“… Tudo é um entre um milhão de caminhos. Portanto, você deve sempre manter em mente que um caminho não é mais do que um caminho; se achar que não deve seguí-lo, não deve permanecer nele, sob nenhuma circunstância. Para ter uma clareza dessas, é preciso levar uma vida disciplinada. Só então você saberá que qualquer caminho não passa de um caminho, e não há afronta, para si nem para os outros, em largá-lo se é isso que o seu coração lhe manda fazer. Mas sua decisão de continuar no caminho ou largá-lo deve ser isenta de medo e de ambição. Eu lhe aviso. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois, pergunte-se, e só a si, uma coisa. Essa pergunta é uma que só os muito velhos fazem. Dir-lhe-ei qual é: esse caminho tem coração? Todos os caminhos são os mesmos; não conduzem a lugar algum. São caminhos que atravessam o mato, ou que entram no mato. Em minha vida posso dizer que já passei por caminhos compridos, mas não estou em lugar algum. A pergunta de meu benfeitor agora tem um significado. Esse caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma; mas um tem coração e o outro não. Um torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer a sua vida. Um o torna forte, o outro o enfraquece.”

Se as suas escolhas estiverem conectadas com o seu coração, por mais que esse caminho não lhe traga o retorno que você gostaria materialmente ou afetivamente, ele lhe trará a pessoa mais importante neste mundo para você – Você mesmo!

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