terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A diferença dos iguais

Evoluímos muito nas questões tecnológicas, médicas, sociais, mas permanecemos estagnados e diria que, até em muitos aspectos, regredimos nas questões humanas. É preciso campanhas e mais campanhas, ou seja, dinheiro e mais dinheiro para tentar conscientizar as pessoas sobre o respeito à escolha sexual de cada um, sobre irmandade com o negro, sobre a aceitação aos menos favorecidos.
Atualmente fala-se tanto na questão da diversidade – racial, sexual, cultural, social - discussão saudável e importante, mas que considero algo que já deveria ser sabido e internalizado por todos: o fato de aceitarmos essas diferenças.
Como já disse em textos anteriores, fazemos parte de um todo. E uma bomba lançada no Japão afeta o mundo. Mundo esse que vivemos. Não estamos imunes a nada. Somos um todo e podemos contribuir para a evolução do ser humano fazendo a nossa parte, transmitindo valores, deixando de herança para as novas gerações não somente bens materiais, porém, sobretudo bens espirituais.
Segundo Marilu Martinelli no seu livro Aulas de Transformação, valores humanos são fundamentos morais e espirituais da consciência humana. Todos os seres humanos podem e devem tomar conhecimento dos valores a eles inerentes. A causa dos conflitos que afligem a humanidade está na negação dos valores como suporte e inspiração para o desenvolvimento integral do potencial individual e consequentemente do potencial social.
Acredito que precisamos, urgentemente, resgatar e solidificar esses valores, por meio da vivência que alicerça o caráter e reflete-se na conduta como uma conquista espiritual da personalidade. Vivemos tempos críticos onde a violência é vista como normalidade (ah! É só mais um assalto, é só mais um sequestro, etc). O mundo está desesperado e, o que é pior,  doente de alma. Isso tudo acontece à nossa volta devido ao fato de grande parte da humanidade ter esquecido seus valores e, até mesmo, considerá-los ultrapassados e desinteressantes.
O medo, a falta de amor e de confiança têm qualificado nossos relacionamentos com o outro e com o mundo. Por isso, a necessidade de campanhas nos dizendo "que é bonito, que é legal" você aceitar o outro com as suas diferenças. É tão óbvio o respeito pelo outro. Talvez, possa ser para mim, possa ser para você. Mas, se continuarmos nessa toada daqui a pouco teremos campanhas ou programas dentro das empresas explicando como ser humano.
Como disse Marilu Martinelli, o resgate dos valores humanos é o nosso grande desafio, mas o ser humano tem reservas inesgotáveis de transformação. Temos, nos valores morais e espirituais, o grande instrumento de aprimoramento e o traço de união dos povos, sem distinção. Os valores promovem a verdadeira prosperidade do homem, da nação e do mundo. E é a partir deles que podemos entender e aceitar as diferenças dos nossos iguais.

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