"A gente ri, a gente chora
E joga fora o que passou
A gente ri, a gente chora
E comemora o novo amor."
(Edu Krieger)
É natural depois de ter vivido uma experiência negativa que tenhamos medo, receio de nos entregarmos. Porém, aos poucos vamos substituindo expressões fatais como “não resistirei a esse sofrimento”, “não quero saber de mais ninguém”, por outras mais mansas, como “sei que essa dor vai passar”, “quem sabe exista alguém interessante”. As pessoas que entraram e fizeram parte da nossa vida só permanecem porque nós permitimos. A sensação que temos no término quando ele é traumático é de que “não valeu a pena”, “que era a pessoa errada”, “que perdemos nosso tempo” e “como conseguimos ficar tanto tempo juntos”.
Esses sentimentos vêm carregados de dor, de sofrimento e, principalmente, de falta de chão. Afinal, era alguém que construiu conosco uma rotina. E não significa que não teve importância. Se agora é difícil perceber o sentido que esta pessoa teve, podemos ter certeza que no momento oportuno teremos o “insight”. Nossas escolhas podem não fazer sentido quando o mundo está desabando, mas tudo está conectado.
E, geralmente, quando menos esperamos aparece alguém que mexe com a gente. Que aos poucos vai nos conquistando. E então aqueles medos vêm com tudo - as dúvidas, a sensação de que podemos sofrer mais uma vez. No entanto, se queremos ser felizes corremos o risco de sofrer. Mais vale o risco de sofrer do que a sensação de que poderíamos ter sido felizes, de que poderia ter dado certo. Mas e se não der? Se não der, simplesmente fizemos uma escolha: escolhemos viver.
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